segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pinga-me dos dedos a água fria,
rosas nascem nas maçãs do meu rosto,
acende-se em mim a alvorada do dia
e olho os teus olhos, fogo posto.
Percorro o arco-íris do teu abraço
e ganho asas como penas de almofada,
não ganho na tua companhia cansaço,
porque és vida, a minha alma encontrada.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Fotografia: Julho 2008

És a porta da minha casa interior,
a linha do meu ideal quadrado.
És tu, sem mais nem menos,
na simples imagem de tão simples que és.
E é isso que me faz desejar-te perto e por todo:
por seres, mais que tudo,
a porta da minha casa interior que é tua
e a linha do meu ideal quadrado que é teu.
Não entendo a minha natureza de poeta,
nem me sei categorizar nessa condição.
Devo ser poeta das estrelas ou das coisas,
dos dias ou talvez dos sonhos, ou das árvores de outono.
Não sei bem.
Se calhar nem sou poeta,
sou só e sou sozinha.
E isso faz-me escrever.