sábado, 28 de novembro de 2009

És hoje o signo da ausência, o estandarte de um passado irrecuperável,
a lembrança permanente do ciclo inalterável das vidas.
Significas em mim a mudança necessária de uma alma que se reconstrói,
o marco que assinala o ponto de viragem latente, a alteração de mil dias num só.
Não guardei em mim espaço para não sucumbir ao embate
porque esse espaço era apenas a ilusão de um futuro que julgava sustentado.
Mas seres hoje o signo da ausência, endurece-me o interior,
faz-me querer que seja por dentro que aconteça a minha vida.
Porque no instante em que olho da janela do meu ser,
apercebo-me que não é garantia de um sonho dar de graça o coração.