terça-feira, 25 de agosto de 2009

As feridas do coração são as mais difíceis de sarar.

O corpo dói numa lentidão do tempo que não passa
e o respirar torna-se indesejado, difícil à realidade de um presente tão triste.
As memórias e os desejos futuros fundem-se,
misturam-se numa correria de sonhos tremidos ou de luzes sem cor,
alimentam um monstro interior faminto, um medo da solidão que se desconhece.
A necessidade de esperar tempos mais certos e calmos,
engrandece de fúria a onda de emoções que se revolve em tão minúsculo espaço,
dá uma nova verdade ao desespero latente, à inquetação que não cessa,
um novo ardor, maior, às batidas alucinantes de uma anatomia carente.
Um coração com feridas assim, é um coração mais fraco,
uma alma menor, um futuro mais confuso e tardio.
Um pulso menos desejoso de um novo bater.

As feridas do meu coração são difíceis de sarar.