terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Os teus olhos ainda são a claridade dos meus
e o teu sorriso ainda é o catalizador dos meus sentidos.
Ainda é na minha pele que sinto o poder das tuas palavras,
ainda é no profundo do meu ser que estremeço perante a tua voz
e ainda és tu, tu que abres em mim a janela do sonho.
E só assim sei que me supero à misticidade do cosmos
porque na minha alma cabe uma imensão divina de ti
e porque, apesar das amarras que me prendem à realidade dos dias,
tocar o teu ombro ao de leve ainda gera um universo em mim.

3 comentários:

Anónimo disse...

é essa a força conservativa do amor. correrias incansavéis, tentativas falhadas de validar o deslocamento, físicas, químicas e o mesmo resultado vezes e vezes sem conta. a única forma, o remédio mais instantâneo, anulá-la com a força de paixões, viver a força resultante como promessa de eternidade e incessar a busca por esses momentos como alimento da alma.

Posts brilhantes, parabéns.

Anónimo disse...

escreves muito bem...
Por curiosidade, também me chamo inês torres, também sou touro, e também adoro escrever!!!

Anónimo disse...

Não gosto de escrever. Agarro-me às palavras como se nelas encontrasse o porto seguro do meu barco secreto arrasado pelo cansaço de pérfidos oceanos. Obedecem a cada instrução egoísta e mimada de se tornarem no concretizar dos meus pensamentos mais crus, não abrem lugar a traições e renegam juízos de valor. Não sou mais nada para além do que escrevo, a “dor” que passo não é jamais a fingida porque sou sentimento em forma de tinta. Mas arranquem-me as palavras e sequem-me as canetas e petrifico ao querer sentir, subjugo-me à razão e sou não mais do que uma pedra disfarçada de emoção. Não é prazer, necessidade.